
- Não.
- Hum...
- Só estou pensando alto.
- E que pensamento...
- Acho melhor eu ficar quieta. Se bem que...
- Fala!
- Pensei numa coisa hoje quando olhava pela janela do ônibus. Mas é melhor guardar só pra mim...
- Ah não, agora fala!
- Existe um mundo. Em termos de probabilidade, isso esbarra em todos os limites do impossível. Não teria sido muito mais fidedigno se, por acaso, não existisse nada? Nesse caso, ninguém teria começado a perguntar por que não havia nada, não é? Tá, não me olha assim, deixa pra lá.
"Hatuna Matata, é lindo dizer. Hatuna Matata, sim vai entender! Os seus problemas,você deve esquecer. Isso é viver, é aprender... Hatuna Matata!"
*Meu celular chamando*
- Não vai atender? - Bia me pergunta.
- Não conheço o número...
- Bru, você anda muito misteriosa comigo ultimamente! Um: você arruma a cada toda num final de semana. Dois: aparece uma pulseirinha estranha e você não me convenceu com sua explicação. Três: você recebe ligações e não me conta nada, se tranca no quarto e depois sai com os olhos mais brilhantes do mundo. Quatro: você está me assustando com esses pensamentos. Eu fico preocupada, sabia???
- Bia...
"Hatuna Matata, é lindo dizer. Hatuna Matata, sim vai entender! Os seus problemas,você deve esquecer. Isso é viver, é aprender... Hatuna Matata!"
- Minha mãe.
- Tenho que ir pro inglês, quando eu chegar a gente conversa.
- Tá bem.
Eu não atendi o telefone. Vi Bia sair de casa e quis sair também. Mas eu não iria para o inglês. Iria me lembrar de como a brisa pode ser gentil...
Of this land - Clannad
BrU*