domingo, 29 de junho de 2008

Gran Finale!



Parecia coisa de filme ou videogame.
De repente eu estava passando por situações que nem em meus sonhos mais loucos eu imaginara passar.
Papai abriu a porta de casa desesperado, com uma espingarda enferrujada na mão e mamãe a tiracolo, com bobs no cabelo a lá Dona Florinda.

- Larguem as meninas seus idiotas!!! - bradou papai, correndo em nossa direção cheio de raiva.

- Ok, tio, já tá tudo sob controle! - falou Bru, nossa magnífica protetora.

- Ouvi barulhos lá de dentro e assim que vi vocês pela janela acordei seu pai e viemos correndo - contou mamãe, me abraçando tão forte que quase perdi o ar.

- Agora, nós temos é que chamar a polícia - falei.

- Já chamei, querida - falou mamãe e logo ouvimos o barulho da sirene policial.

O vizinho Joxer ficou olhando abobalhado para nós. Ele ainda tentou fugir, mas papai apontou a espingarda e ele parou rapidinho. O vizinho e o policial foram para a delegacia.

Foi constatado que Joxer tinha realmente problemas de fraqueza mental e ele foi submetido a um rigoroso tratamento. O falso policial foi preso. Ele não tinha nenhum problema, não. Era falta de vergonha na cara mesmo.

Meus pais ficaram bem depois do choque e nos levaram de volta pra Vitória porque, segundo eles, nenhuma de nós tinha condições de dirigir.

Encontramos o maníaco do diário quietinho, com fome e desidratado. Mas não dei queixa dele, não. Ahhh, dele eu até que gostava.

A Bru precisou de uma boa noite de descanso para se recuperar de tudo, mas agora estávamos prestes a entrar de férias e teríamos tempo suficiente para descansar (e também entrar em outras aventuras loucas).

O apartamento ainda fica estranhamente limpo quando eu volto da fazenda. Eu ainda não descobri o que acontece.

E nosso mundo...ah, esse não pára mesmo!


BiA*

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O fight

Enquanto as meninas enrolavam os dois loucos no telefone, cheguei até o carro pelo galho da mangueira.

Idéia número 1: pulo em cima do carro, assusto os dois e acabo logo com isso.

Idéia número 2: desço em silêncio, rendo os dois e levo o carro e acabo logo isso.

Idéia número 3: improviso geral e acabo logo com isso.

As meninas já estavam ficando sem assunto. Pensava nos pais de Bia dormindo, tranqüilamente em casa. Não queria assustá-los. Resolvi descer por trás do carro. Ouvi alguma coisa sobre Bia ser uma linda órfã. Não enquanto eu estiver por perto. Não sabia se estavam armados. Medo não tinha. Percebi que o policial tarado estava sentado no banco do passageiro e o vizinho Joxer ao lado dele. Hora de agir!

Sim, eu subestimei o Joxer. Apostei que deveria render o possível mentor da loucura toda e assim terminaria de vez com as pretensões estapafúrdias dos dois. o grandalhão metido a policial nem percebeu quando abri a porta. Estando encostado nela, caiu. Um golpe simples de imobilização e pronto! Amarrei-o e fiz com que se calasse.

Joxer assistiu a tudo atônito. Acertei em subestimá-lo. O tonto se ofereceu até para amarrar a si mesmo.

Vendo que o perigo, aparentemente passara, as meninas se aproximaram. Foi então que ouvimos um barulho muito suspeito vindo de dentro da casa.

BrU*

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ao Ataque!

- Então, quer dizer que você está na casa dos seus sogrinhos?? - perguntei, entrando no jogo.

- Sim, sim. Na porta da casa. Vou pedir sua mão em casamento, já comprei inclusive nossas alianças - ele respondeu.

- E se eu não quiser? - eu questionei, morrendo de medo por dentro.

- Não há essa possibilidade, minha princesinha.

Simone fez uma careta pra mim.
Princesinha?? Ai, que nojo.

- Só um detalhe: e se meus pais não quiserem??! - continuei enrolando.

- Você será a órfã mais linda da face da Terra - ele respondeu em uma voz macabra.

Só então percebi como estávamos num jogo perigoso.
Precisava avisar a Bru de qualquer maneira.

- Eles são dois, Simone! É muito perigoso!

- Ha-ha - Simone forçou uma risadinha - Já era amiga. A Bru vai atacar. Mas relaxa, ela é uma Bernadete de primeira!

Então, simplesmente respirei fundo e me preparei para assistir o espetáculo.

BiA*

domingo, 22 de junho de 2008

Ligação estranha

Estava deitada no chão, atrás de um arbusto quando Bia jogou o celular. Não entendi a princípio até ver de quem era a chamada. Rastejando, fui até árvore onde Bia estava. Joxer e o policial fajuto discutiam alguma coisa no carro. Não me veriam, muito menos me ouviriam fazer nada.

- Como é que você tá me ligando, Bru?
- Provavelmente, celular clonado.
- E agora?

As outras Bernadettes chegaram. Contamos às meninas o que estava acontecendo e nos olhamos pensando no que fazer.

- Vou atender.
Silêncio e consentimento de todas.
- Alô.
- Surpresa loirinha? - resolvi entrar no jogo dele.
- Um pouco. A voz da Bru está diferente!
- Talvez porque não seja a Bru!
- E quem é que tá falando então?
- Joxer, o poderoso...
- Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, essa musiquinha nãaaaaaaaaaaoooooooo!!!!
- Não gosta? Eu cantava pra você!
- Ok. Vamos parar com a palhaçada. O que você está fazendo com o celular da Bru?
- Ah, meu amigo clonou ele pra gente ter seu número.
- E posso saber por que raios você me liga no meio da madrugada?
- Ah, isso é porque eu tô aqui na porta da casa dos meus sogros. Vim fazer uma visita.

Passei o telefone para Bia.

- Hora de começar a agir, meninas. Enrole-os ao telefone. Vou fazer uma surpresa aos nossos rapazes!
- Vai lá Bru! Deixe eles comigo no telefone - disse Simone.

Notei que um galho da mangueira atrás da qual estávamos ia direto até o carro. O galho era suficientemente forte para me agüentar. Subi na árvore e fui silenciosamente até o capô do chevette.

- Hora de brincar!

BrU*

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Momentos de tensão

A madrugada estava fria e logo que saí do carro um vento cortante atingiu meu rosto. Nos aproximamos de minha casa lentamente. Meu corpo tremia, resultado de um misto de frio e medo. Estava tudo silencioso até ouvirmos um barulho de motor. Eu virei assustada e logo percebi que um chevette entrava na fazenda.

- Vamos nos esconder! - ordenou Bru.

Corremos para nos esconder. Fiquei na espreita atrás de uma árvore enquanto as meninas buscavam esconderijo.
Vi o vizinho Joxer e o falso policial saindo do carro e fiz um sinal para Bru, que estava atrás do carro o meu pai, bem próxima a mim.
"Eles devem ter se perdido, ou esperaram a madrugada pra entrar na fazenda" pensei, sobressaltada.

O falso policial aproximou-se da casa e ficou olhando, estudando o local, enquanto o vizinho estava encostado no chevette. Na porta da minha casa, o homem troncudo fez um sinal, pedindo que o outro se aproximasse.

Meu celular tocou, me dando um susto. Apertei logo o botãozinho para a musiquinha parar. Nós não podíamos chamar atenção. Olhei quem estava me ligando e tremi ainda mais. Joguei o celular para Bru. Ela pegou, olhou e atendeu, com os olhos arregalados.

Me senti num dos enredos eletrizantes de Sidney Sheldon.

BiA*

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A caminho de casa


- Os caras estão em Afonso Cláudio – confessou o maníaco indiano.

O silêncio que se seguiu a essa informação foi cortante.

- Mas... Bia, não é lá que seus pais moram? – quis confirmar Si.
- É...
- E você pode me dizer que diabos esses dois estão fazendo lá? – explodi de raiva.
- Eu não sei! Eu juro que não sei. Eles não quiseram me contar. Mas acho que iam encontrar umas pessoas. Meu amigo me disse que ia pra uma fazenda ou algo assim.
- Uma fazenda?! – assustou-se ShaSha.
- Foi isso que entendi quando ouvi os dois conversando?
- E o que mais ouviu? – questionou Beta.
- Nada. Quando me viram, eles mudaram de assunto.

As meninas olharam pra mim. Respirei fundo e busquei o equilíbrio. Aproximei-me de nosso prisioneiro e olhei bem em seus olhos.

- Fique sabendo que se alguma coisa acontecer ao tio Otávio e a tia Ciça, eu mato vocês três!

O maníaco indiano suava e estava pálido. As garotas já estavam prontas para agir. Partiríamos naquele mesmo instante para a casa dos pais de Bia. Pegamos poucas coisas em casa. Biscoitos, garrafas de água, sucos, toddynho e frutas.

- E o que fazemos com ele?
- Deixem-no trancado no quarto vazio e deixem um cacho de bananas e uma garrafa de água lá. Ele não vai precisar de mais que isso enquanto estivermos fora.
Dirigi-me ao prisioneiro.
- E se você fizer xixi no quarto, eu vou usar minha Katana quando eu voltar! Entendeu?
- Si-si-sim.
- Ótimo. Estamos prontas meninas. Esses três mexeram com as pessoas erradas. Se eles não sabiam disso, acabarão por descobrir!

Dirigi com cuidado e chegamos em Afonso Cláudio de madrugada. Aparentemente, estava tudo em ordem na casa dos pais de Bia. Aparentemente...

BrU*

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Crime sem solução


Eis a cena:

O Maníaco do diário está amarrado em uma cadeira.
A Bru puxa seu cabelo malvadamente e o manda dizer tudo.
Eu estou com um saco plástico na mão a lá Tropa de Elite.

- Tá bom! Vou contar! - ele finalmente falou, após várias ameaças.
- Então pode começar - disse Bru, em tom de ameaça.
- Tudo começou como um plano para eu conquistar a loirinha dos olhos amendoados mas...
- Deus! Que apelidinho mais brega! Eu te chamava de maníaco do diário. Muito mais original! - exclamei, revoltada.
- Continua! - mandou Bru, cheia de raiva.
- Era um plano de conquista só. O vizinho de vocês, que era meu melhor amigo, estava me ajudando. Mas ele se apaixonou pela Bia também e quis me atrapalhar!
- Forjando a própria morte? Como isso poderia ajudá-lo?! - quastionei, confusa.
- Acho que no final das contas ele queria me incriminar.
- Mas isso não faz sentido. Poderia até atrapalhar você e a Bia, mas não o ajudaria na conquista - falou Bru.
- Não sei o que dizer mais. Na verdade acredito que não tenho mais nenhuma informação que vá ajudá-las. Acho que vocês já podem me desamarrar - ele disse, em tom de súplica.
- Só mais uma coisa - falou Bru, com olhar maquiavélico - onde o vizinho está agora?

Ficamos imersos em um silêncio muito profundo, até ele finalmente responder.
E eu achava que não tinha como aquela história ficar mais estranha...

BiA*

sábado, 14 de junho de 2008

Operação Jackie Chan

Pausa na ação.
- Operação Jackie Chan? Que nome é esse Bru?
- Você não se lembra como o professor ficou empolgado com o nome da Operação Leite Ninho da PM?
- É verdade...
- Então, temos que impressionar também!
- Adorei!

Luz. Câmera. Ação.
Shamy e Beta ficaram no nosso QG, também conhecido como apartamento. Elas seriam acionadas caso desse algo errado na Ufes. Si foi a responsável por vigiar o prédio e o apartamento do vizinho, caso notasse alguma movimentação estranha, deveria relatar às meninas imediatamente e providenciar para que nenhum dos suspeitos deixassem o local antes de chegarmos.

Bia e eu fomos até a Ufes. O maníaco/príncipe indiano estaria pelos arredores do CCHN, já que fazia o curso noturno de História por lá. Não seria difícil identificá-lo. Mesmo sendo perigoso, Bia disse que poderia atraí-lo. Afinal, ele já havia dado mostras suficientes de interesse por ela. Concordei apenas porque estaria perto o suficiente caso o maníaco/príncipe tentasse algo. E, é claro, Bia estava com o soco inglês a la Madonna e o spray de pimenta.

Camisa preta indiana com estampa de Krishna, bermuda com estampa indecifrável e chinelo de dedo. O.o Nada difícil encontrar nosso suspeito. Ele estava sozinho numa sala do IC III. Estávamos prontas para agir.

Bia esperou até que eu entrasse pela janela e rendesse o sujeito. Só então ela entrou na sala.

- Onde estão os outros? Por que vocês estão acusando a Bru de ter matado o vizinho? Que farsa é essa? Pra que esse teatro todo?
Ele nos olhava atônico.
- Bia, ele não se lembra nem do nome dele nesse momento. Vamos com calma. Aqui não é o melhor lugar para interrogá-lo. Vamos para casa.
- Você quer levar esse louco pro nosso apartamento?
- Daqui a pouco começam a chegar pessoas aqui. É melhor trabalharmos em território nosso, não?
- Você está certa.

Quando chegamos com o suspeito, as outras Bernadettes já estavam nos esperando.

BrU*

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Plano

Retrospectiva:

Um aluno da Ufes persegue a Bia por muito tempo.
Qualificação: Maníaco da blusa indiana.

Um falso policial acusa a Bru de ter entrado no apartamento do vizinho Joxer (a informação era que ele estava morto). A primeira pergunta que ele faz é quando a Bru fez sexo pela última vez.
Qualificação: Falsidade ideológica seguido de assédio sexual.

O vizinho é tido como morto, mas aparece no quarto da Bia. Tasca-lhe um beijo e depois sai em companhia do falso policial.
Qualificação: Ressuscitado safadinho.

Plano A:
Procurar o maníaco da blusa indiana na festa da Ufes, esta noite!
Armas: soco inglês da Bia, spray de pimenta e golpes de luta marcial da Bru.
Estratégia: chegar dando voadora.

Plano B:
Vamos ver o que vai dar o plano A e aí pensamos em alguma coisa.

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Ok, estou indo colocar meu pretinho básico de missões especiais. Já, já daremos mais informações.

BiA*
Qual é, hein??! Hoje é dia dos Namorados! Eu não poderia ter uma folga??

terça-feira, 10 de junho de 2008

O grito

-AAAAAAAAAAAAA!

Acordei assustada e dei um pulo da cama. Era a voz de Bia. Voz não, grito! Cheguei correndo ao quarto dela e a encontrei chorando, encolhida na cama.

- Bia?! - me abracei a ela - O que houve?
- Ele me beijou!
- Ele? - olhei em volta e não havia ninguém mais no quarto - Ele quem?
- O vizinho morto!
- O que?
- Ai, Bru, ele tava aqui no meu quarto, agarrou meu braço e disse que antes de sumir tinha que fazer uma coisa e me deu um beijo. Disse pra eu não dizer nada até ele ir embora. Quando ele saiu pela janela eu gritei...
- Pela janela?
- É...

Pausa.
"Que tipo de estúpido sai de um apartamento do quarto andar de um edifício pela janela? Naquela hora, não havia ninguém nos corredores. E no prédio também não havia câmeras internas de segurança. Aliás, entrar e sair sem ser visto dali era bastante fácil, pelo menos para quem tivesse uma capacidade mínima de raciocínio. Ah! Claro, mas ele era o Joxer!"

- E você viu pra onde ele foi?
- Não Bru, ele saiu e eu me joguei na cama, desesperada!
- Ei, ele disse que ia sumir?
- Foi.
- Muito suspeito isso, não?
- Mas ele não estava morto?
- Pelo jeito, não. "Há algo de podre no reino da Dinamarca", baby! Mas nós vamos descobrir o que é.
- Como vamos fazer isso, Bru?
- Vou chamar todas as Bernadettes, agora. Tire sua roupa preta e seus óculos escuros do guarda-roupa e prepare-se, Bia. O que quer que esteja acontecendo, por mais estranho que seja, nós vamos descobrir!
- É por isso que eu te amo!
- Também amo você!

Quando estávamos abraçadas, ouvimos um outro grito, perturbadoramente ridículo. Corremos as duas para a janela da sala e vimos o Joxer, ou melhor, o vizinho, caído em cima dos pés de azaléia que havia na entrada do nosso prédio. Não demorou a aparecer outro cara para ajudá-lo. E o tipo físico do sujeito era bem parecido com o do "policial estranho".

Menos de uma hora depois, as Bernadettes estavam todas reunidas lá em casa.

BrU*

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Beijei o defunto

Diante de todo aquele problema (a notícia de que meu vizinho tinha sido assassinado e a acusação da Bru como a assassina por um policial esquisito que só perguntou sobre sexo), decidimos que o melhor era mesmo passar o caso para todas as Bernadettes - espiãs mais do que especializadas em crimes sem pé nem cabeça.

- Então, vocês estão me dizendo que um cara louco apareceu acusando a Bru de ter matado o vizinho Joxer?? - quis confirmar Robertinha, a Bernadette Dark.

- Isso mesmo! E veio com um papinho muito esquisito de sexo! E ele queria que nós entrássemos no apartamento do defunto! - exclamei, nervosa com todo aquele mistério.

- Me parece que esse cara queria dar um jeito de incriminar a Bru, por isso insistiu tanto para que ela entrasse no apartamento! - opinou Shamy, com seus olhinhos tupinukins cerrados.

- Mas a dúvida que eu tenho é se o vizinho realmente morreu. Ainda não fui convencida disso - falou Simone, a venenosa.

Mas eu soube a resposta na noite seguinte...

Eu estava já deitada, abraçada ao Quico (o macaquinho de pelúcia que ganhei do meu ex), quando despertei com uma pegada forte em meu braço. Não tive como gritar pois logo uma mão tampou minha boca com violência.

- Não grita! - pediu o vizinho, em tom de súplica.

Eu assenti e ele tirou a mão de minha boca

- Eu preciso fugir, mas antes tinha que fazer uma coisa.

- Nhum??! - foi a única coisa que consegui exclamar.

Ele me pegou com força e me beijou. Em seguida, foi embora, sem me dar explicações.

DEUS!
Eu peguei um defunto?????????????????
Ou pior, era o vizinho Joxer em carne e osso! Blééééh!
Que nojo!


BiA* - que lavou a boca por mais de uma hora.

sábado, 7 de junho de 2008

Eu matei um cara?


- Por que não me contou do assassinato????! Você sabe que eu não tenho digital. Agora vão pegar você com certeza!
- Que história é essa, Bia? Não estou entendendo nada!
- Tem um policial aqui em casa dizendo que você matou o nosso vizinho.
- Ele é louco? Mas eu nem nunca fui à casa do Joxer!
- Ele disse que sim.
- E como é que ele sabe disso? O que mais ele disse?
- Não lembro direito, Bru. E ele tá na casa do morto, até você chegar.
- Eu tô indo pra casa agora. Não faz nada antes de eu chegar aí.
- Tá bom.

Que história é essa de eu ter matado o vizinho? Tudo bem que ele é o Joxer, mas isso não é motivo para matá-lo. Ou é? Não sei, mas eu nunca fui até à casa dele e eu não o matei! Isso está muito mal contado...

Quando cheguei em casa, Bia estava nervosa. Batemos na porta do vizinho e um policial bem estranho abriu a porta. Ele me olhou como se eu fosse um prêmio a receber. Ele pediu que eu entrasse no apartamento e me recusei a fazê-lo. Nunca havia estado ali antes e não entraria até tudo se resolver. Ele relutou em nos acompanhar até nosso apartamento, mas acabou cedendo.

Ele não quis saber meu nome, idade, nada! A primeira pergunta dele foi: "Qual foi a ultima vez que você fez sexo?" Olhei para Bia pedindo socorro. Como assim? As outras perguntas foram tão viajantes que eu passei a acreditar que aquele homem não era um policial e mais, o vizinho teria mesmo morrido? Alguém tinha visto o corpo? Não!

Muito suspeito tudo isso. Decidi que iria descobrir o que aconteceu. Sozinha? Jamais! Bia e eu formávamos uma boa dupla. Mas isso era missão para convocar As Bernadettes!

Mais eficientes que as Espiãs...
Mais charmosas que as Panteras...
Mais perigosas que a Máfia Italiana!

BrU*

quarta-feira, 4 de junho de 2008

O Crime


A campainha tocou e eu dei de cara com um homem forte e alto quanto abri a porta.
- Sou da polícia - informou, ele, mostrando-me a carteira oficial.
- E...?
- Você é a Brunella?!
- Não, não...A Bru mora aqui, mas ela tá no estágio - expliquei - Se o senhor quiser, pode me adiantar o assunto.
- Você pode me informar quando sua amiga entrou no apartamento 603??
- No apartamento 603?? - perguntei espantada - Mas é o apartamento do vizinho esquisito que nós até apelidamos de...de... - tentava a todo custo lembra-me do nome - ahhh, aquele cara da "Xena" que...
- Olha, eu não tenho tempo pra isso. A Senhorita sabe ou não me dizer quando sua amiga foi ao 603??
- Claro que eu sei. NUNCA! - exclamei - A Bru nunca foi ao ap dele.
- Não é essa a informação que eu tenho.
- Por que o senhor quer saber tudo isso??
- Porque o morador do 603 foi encontrado morto no apartamento - ele contou, em tom sombrio - E a informação que tenho é que sua amiga entrou lá ontem.
- Mas...
- Enfim, de qualquer forma ficarei aqui até tarde, peça para sua amiga nos procurar assim que chegar ao apartamento.

Eu já ia fechar a porta, mas ele me impediu e tirou uma foto do bolso.
- Só mais uma coisa. A senhorita reconhece essa pessoa?!

Era o maníaco do diário! O garoto da Ufes que me perseguiu e me deu um diário enumerando todas as vezes que me observou na faculdade, minuciosamente.

- Sim...Por quê?!
- Tem andando rondando o prédio de vocês há algum tempo - falou, com um suspiro já cansado - Já que o conhece, venha com sua amiga quando ela chegar. Precisaremos conversar com vocês duas.

Só consegui discar direito após a terceira tentativa. Minhas mãos tremiam. E quando finalmente a Bru atendeu eu me desatei a falar:
- Por que não me contou do assassinato????! Você sabe que eu não tenho digital. Agora vão pegar você com certeza!

BiA*

domingo, 1 de junho de 2008

Uma revelação

Querem saber quem é a responsável pelas ligações e mensagens no meu celular que deixam meus olhos brilhando? Isso é fácil de resolver! O nome dela é Daniela!

Por que essa foto como imagem desse texto e o que ela tem a ver com isso? Bem, nossos jeitos de ser são bastante parecidos com o tigre (Dani) e a borboleta (eu). Por isso dizemos ser representadas por eles. Por isso essa imagem significa que estamos sempre perto uma da outra.

Dani - Biquíni Cavadão

Nada mais a declarar! (por enquanto)

BrU*

sábado, 31 de maio de 2008

Mistério no ar

- Você bateu a cabeça?
- Não.
- Hum...
- Só estou pensando alto.
- E que pensamento...
- Acho melhor eu ficar quieta. Se bem que...
- Fala!
- Pensei numa coisa hoje quando olhava pela janela do ônibus. Mas é melhor guardar só pra mim...
- Ah não, agora fala!
- Existe um mundo. Em termos de probabilidade, isso esbarra em todos os limites do impossível. Não teria sido muito mais fidedigno se, por acaso, não existisse nada? Nesse caso, ninguém teria começado a perguntar por que não havia nada, não é? Tá, não me olha assim, deixa pra lá.

"Hatuna Matata, é lindo dizer. Hatuna Matata, sim vai entender! Os seus problemas,você deve esquecer. Isso é viver, é aprender... Hatuna Matata!"
*Meu celular chamando*

- Não vai atender? - Bia me pergunta.
- Não conheço o número...
- Bru, você anda muito misteriosa comigo ultimamente! Um: você arruma a cada toda num final de semana. Dois: aparece uma pulseirinha estranha e você não me convenceu com sua explicação. Três: você recebe ligações e não me conta nada, se tranca no quarto e depois sai com os olhos mais brilhantes do mundo. Quatro: você está me assustando com esses pensamentos. Eu fico preocupada, sabia???
- Bia...

"Hatuna Matata, é lindo dizer. Hatuna Matata, sim vai entender! Os seus problemas,você deve esquecer. Isso é viver, é aprender... Hatuna Matata!"

- Minha mãe.
- Tenho que ir pro inglês, quando eu chegar a gente conversa.
- Tá bem.

Eu não atendi o telefone. Vi Bia sair de casa e quis sair também. Mas eu não iria para o inglês. Iria me lembrar de como a brisa pode ser gentil...

Of this land - Clannad

BrU*

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Bru tá esquisita

Ok, pessoal, eu estou precisando de ajuda, definitivamente. Que história foi aquela da "consciência em si mesma do batismo do Big bang", ou sei lá o que ela disse??!

E eu preciso contar uma coisa: ela anda recebendo ligações estranhas. Vocês acreditam que ela sai de perto de mim para atender???! Qual é?! A gente não tem - ou ao menos não tinha - segredos! É claro que eu fui, como quem não quer nada, até o quarto dela para tentar ouvir alguma coisa, mas a porta estava trancada! A Bru trancou a porta pra mim!

Tá, tá, eu entendo aquele lance de privacidade e tudo, mas eu estou preocupada!!! Ela pode estar passando por algo realmente sério e não quer me contar para não me deixar mal. Pode ser um presidiário de uma carceragem do Rio de Janeiro querendo chantagiá-la.

Mas...será que quando somos chantageadas por presidiários altamente perigosos desligamos o telefone com os olhinhos brilhando?! E não, não era choro desesperado. Eram olhinhos marejados de quem viu uma borboletinha colorida. O que eu faço?!

Eu tenho um encontro no fim de semana com o maníaco do diário! A Bru simplesmente tem que estar legal para me assessorar!!! Acho que vou desmarcar porque, definitivamente, não vou deixá-la sozinha com essa história toda!

BiA*

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Efeito pós-fim de semana

- "At first, I was afraid, I was petrified. / Kept thinkin' I could never live / Without you by my side, / But then I spent so many nights / Thinkin' how you did me wrong. / And I grew strong / And I learned how to get along"...

"Bru fui à padaria comprar coisinhas pra gente. Bjos... BiA" - Era o recado que esperava por mim atrás da porta.

- Huuuummmmmmm!!! Adoro!!! Coisinhas da padaria é igual a pãezinhos diversos e todos gostosos! Oba!

Bia demorou o tempo exato que levei no banho para entrar em casa.

- Tem alguém aí?
- Yes, baby!
- Bruuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!
- Euuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!! Como foi seu dia?
- Ah... Bom.
- E o príncipe?
- Que príncipe?
- O dos contos de fada...
- Você tá falando do maníaco???
- Aff...
- Pois eu encontrei com ele hoje na Ufes.
- E aí?
- Perguntou se eu tinha escrito alguma coisa no diário... o.O
- E você escreveu?
- Claro que não! Mas...Acho que vou escrever... Também acho que ele nem é tão maníaco assim... E não me olha com essa cara de 'eu já sabia'!

Ajudei-a a arrumar as coisas na mesa.

- As coisas estão tão... limpas nessa casa.
- Andei ajeitando algumas coisas.
- Algumas? Bru! Isso aqui estava brilhando quando eu cheguei!
- Nada demais.
- Posso perguntar uma coisa?
- Claro!
- Que bandeirinha era aquela no seu quarto?
- Bandeirinha?
- É... uma de arco-íris...
- Ah! É uma pulseira que eu ganhei de presente de um amiga que foi na parada ano passado. Ela deve ter aparecido quando remexi minhas coisas para arrumar.
- Hum...
- Bia...
- Você já teve a sensação de que carrega dentro de si a consciência que este Universo tem de si mesmo? Mais, que recebeu o Big Bang como presente de batismo?

Bia me olhava com cara de paisagem. É, acho que os efeitos do final de semana ainda não passaram. Melhor encerrar por aqui...

______________________
Uma última coisa
Alguém se sentiu interessado pela 'filosofia pós-fim de semana'?
Pensei nisso depois de penetrar em O Mundo de Sofia pela quarta vez - sim, eu amo o livro!
Não leu?
Quer ler, mas não tem quem empreste e muito menos grana para comprar o livro?
No problem!
Baixe aqui - arquivo em pdf, ótima qualidade!

BrU*

terça-feira, 27 de maio de 2008

Enquete: O que a Bru fez no fim de semana??

Viagem de fim de semana pra fazenda implica vocês-sabem-o-que: Bru incomunicável!
Não consegui nem contar a ela o que havia no diário.
Na verdade, todo o encontro tinha sido muito estranho. Quer dizer, estava lá um menino com uma blusa indiana e chinelo de dedo. Eu reconheci, é claro. Nós havíamos nos visto muitas vezes na Ufes. Mas, Deus, eu nunca poderia imaginar!
Então, ele me deu um diário e eu precisava ir embora muito depressa se não perderia meu ônibus. Não deu tempo de muita coisa.

Dormi a viagem toda. Vocês sabem que eu havia tido uma noite super mal dormida pela ansiedade do futuro encontro. Só quando cheguei na fazenda resolvi abrir o 'presentinho'. Vocês acreditam que ele anotou todos os dias que nós nos encontramos na Ufes?????! E além disso minhas roupas e detalhes de seus pensamentos sobre mim. Lindo, não?! NÃO! Maníaco, isso sim! Tinha, inclusive o dia que ele me seguiu para descobri meu endereço!

Eu fiquei perplexa e precisava, urgentemente, conversar com a Bru! Mas ela não me atendeu. Assim que voltei e coloquei os pés no apartamento, percebi que tinha alguma coisa errada.

Primeiramente, ela, aparentemente, não estava em casa. Depois, tudo estava perfeitamente arrumado. Aquilo era tão esquisito!!! Continuei entrando sorrateiramente pelo apartamento. Dei uma olhada no meu quarto e não detectei nada de diferente - além da organização, claro. Mas, o quarto da Bru estava com a porta fechada.

Eu logo pensei que o maníaco poderia estar ali, com a minha amiga amordaçada! Meu coração acelerou e meus pelos se eriçaram de medo. Mas eu precisava encarar, e seria forte. Respirei fundo e me aproximei da porta.
- Bru?! - perguntei, sem resposta.

Coloquei a mão na maçaneta, respirei fundo novamente e abri de uma vez.

Suspirei aliviada quando vi que estava tudo calmo e arrumadinho. E também havia uma bandeirinha ali.
Uma esquisita bandeirinha colorida.
Alguém tem algum palpite??

BiA*

domingo, 25 de maio de 2008

O encontro

- E se der tudo errado?
- E se der tudo certo?
- E se ele for um maníaco?
- Além de você estar devidamente armada, não se esqueça de que eu luto kenjutsu e estarei bem perto para te defender.
- E se ele for um mala?
- E se ele for um gato?
- Ai tá bom, vamos descer logo.

Chegamos ao parquinho uns cinco minutos antes da hora marcada. E quem estava sentado no balanço não era o bicho papão. Estava mais para príncipe indiano. E o que ele segurava nas mãos não se parecia, absolutamente, com uma arma. Eram flores.

Sorrisos tímidos de ambos os lados, mãos dadas, nomes ditos. Ele convidou ela a se sentar no balanço ao lado. Silêncio. Não desses que ficam quando as pessoas não sabem o que dizer. Mas daqueles que dizem exatamente o que as palavras não alcançam.

Quando os olhares se cansaram de tanto dizer, algumas palavras que logo se perderiam, serviram apenas para se guardar as vozes de um para o outro. Bia não podia ficar muito. Ganhei a manhã para ela, mas tio Otávio exigia a presença dela em casa. Na despedida, ele deu a ela algo que se parecia um caderno. E só no ponto de ônibus é que fomos descobrir se tratar de um diário. Ele já havia escrito algumas páginas, mas não tive tempo de ler, pois o ônibus da Bia chegou.

Enquanto ela passaria o final de semana na casa dos pais, eu tinha algumas coisas a fazer...

Até segunda!

BrU*

sábado, 24 de maio de 2008

Minutos antes do encontro


Juro que nem dormi direito essa noite. Uma baita insonia!
No fundo o medo superou minha ansiedade. Eu realmente estava morrendo de medo de ser um maníaco do parque, tipo aquele cara que aliciava a garotinha chamada Alice e depois escreveu um livro chamado 'Alice do País das Maravilhas'. Você não sabia?! Deus, espero realmente não ter acabado com sua infância.

Eu disse isso a Bru de manhã - com olheiras gigantes - e ela falou para eu não me preocupar. Enfim, de qualquer forma vou levar meu soco inglês - papai me deu quando eu entrei na Ufes para me proteger de garotos de mentes sujas (coitado!!). Mas não me ache má! A Madonna lançou moda de soco inglês agora! ^^
A Bru disse que não precisamos de nada disso...Mas...nunca se sabe!
Enfim, tá na minha hora!
Me desejem sorte, e se eu não postar aqui nos próximos dias denunciem!
Pode ser num Blog de pessoas desaparecidas!

Ps.: Podem me chamar de louca, mas coloquei meu spray de pipenta na bolsa!

BiA*

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O vizinho Joxer

Como prometido em um post anterior, aqui estou eu para explicar minha teoria – mirabolante, always – de que o nosso vizinho estranho é o Joxer da série Xena, a Princesa Guerreira (que eu sei que muita gente assistiu, gostou mas não admite – ô preconceito!).

Dando uma explicada bem rápida, a série - que se passa na Grécia Antiga -, para moi, é uma linda história de amor entre as personagens principais, Xena e Gabrielle. Calma! Eu não enlouqueci! Eu sei que se trata de guerra, aventura, mas tudo isso é o pano de fundo para o desenrolar de uma história mais profunda, escrita nas entrelinhas, ou – como todos os xenites amam – escrita com subtextos (sim, todo xenite é um mestre na arte do subtexto, HoHo! Conheça nossa universidade, temos até enciclopédia!).

O que é xenite? Todo fã que é declaradamente apaixonado pela série e (acha) que sabe tudo sobre todas as coisas (meu caso).

Mas, infelizmente, este texto não para falar das duas heroínas mais gos... lindas da televisão. Estou aqui para falar do Joxer.

Joxer é um ser que quer ser guerreiro, mas não tem a menor habilidade para isso. É das personagens mais engraçadas do seriado. E, apesar de apaixonado por Gabrielle, até mesmo ele enxerga que a ‘amizade’ entre as duas não é tão amizade assim.

Para simplificar. Motivos que me levam a crer que nosso vizinho seja descendente – ou encarnação, como preferirem – do Joxer:

1- O olhar demasiadamente apaixonado com que ele olha a Bia ao chamá-la de Gabriele – como o Joxer olhava a Gabby.
2- A fixação pelo nome Gabriele – igualzinha a do Joxer.
3- O fato de ele me olhar com certo respeito em demasia – que nem o Joxer.
4- Sobretudo, ele canta a musiquinha irritante que o Joxer cantava!

Só falta ele me chamar de Xena – e eu não terei um chakram para atirar nele!

E são esses motivos que me fazem crer que as semelhanças não são mera coincidência!

Alguns sites sobre a princesa guerreira que eu AMO:
XenaX
Xena Warrior Princess
Artigo na Desciclopédia - para rir muito!
Temporada virtual - porque a série não terminou para os xenites.
Fator X - as melhores fanfictions da rede.
Portal Xena Movie
Literatura Xenite - blog perfeito!

Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiia!
*me empolguei...*

BrU*

Enquanto sábado não chega!

- Calmaaaaaaaaaaaaaa! Não há nada que não possamos resolver!
- Mas Bru, meu pai praticamente me intimou a ir para casa, ele quer saber o que foi que demos para a mamãe beber, ela coloca aquele CD da Enya que você deu pra ele o dia inteiro. Papai quer nos matar!

Parei. Levantei uma sobrancelha - a la Lucy Lawless - e olhei para Bia.

- Você pode, por favor, confiar em mim?
- Mas...
- Cinco minutos!
- Tá bom.

Peguei o telefone e liguei para o tio Otávio. Foi só dizer que Bia e eu estávamos organizando uma manifestação no prédio contra o aumento da taxa de condomínio que ele ficou todo orgulhoso. Ganhei a manhã de sábado para nós!

- Como você pensou numa coisa dessas?
- O seu pai não é diferente dos outros brasileiros... Quando o assunto dói no bolso, fica fácil – pisquei pra ela - Por falar nisso, você já leu aquela coluna do Jabor que te mostrei?
- Assisti ao vídeo!
- Adoro ele! Não que eu concorde com todas as coisas que ele diz ou escreve. Mas tudo que ele escreve ou diz me leva a pensar.
- Ele é muito bom mesmo!
- Ave ele! _O_
- Tá. Agora temos o problema do encontro.
- Problema?
- É! Bru, que espécie de garoto marca um encontro numa pracinha, mais precisamente, no parquinho da pracinha?
- Isso nós só vamos descobrir quando virmos que é.
- E se eu não gostar dele?
- Diz que não gostou e pronto!
- Mas sabe que eu até já simpatizei com a carta e com a rosa origami...
- Eu achei o máximo! Adoro fazer dobraduras!
- Então...
- Uma coisa de cada vez. Vamos conhecer o indivíduo e depois você decide se ele tem chance ou não.
- Nem vou conseguir dormir direito até lá.
- Claro que vai! Vou fazer chá de camomila com folhas de maracujá pra você!

Ah, o parquinho! Simplesmente adorei o lugar escolhido pelo príncipe desconhecido. Por quê? Boas recordações! Primeiro semestre de curso é tudo! As aulas têm intervalos gigantescos entre uma e outra. Por exemplo, uma de 8 às 10 e depois outra de 16 às 18. Com tanto tempo ‘ocioso’, nosso grupinho ia explorar os arredores. Num desses intervalos, descobrimos o parquinho.

Line, Beta e ShaSha, Dami, Si e Marcelinha, Mau e TaShinha, Túlio, Bia e eu! Que tarde linda aquela! Brincamos nos balanços, sujamos os pés de areia e, no final das contas, éramos todos infância nos olhares e sorrisos.

Nostalgia a parte, eu também estou ansiosa para o sábado chegar. Para me distrair até lá, vou retomar minha paixão pelos origamis. Quer aprender a fazer também? É fácil. Clique aqui^^

BrU*

quarta-feira, 21 de maio de 2008

La florzita


A carta misteriosa me prometia uma rosa com mais informações. Após dias inteiros questionando com a Bru quem poderia ser o garoto da carta, ele finalmente me deu mais um sinal de vida.
E era mesmo uma rosa! Ok, era uma rosa de papel..mas não deixava de ser rosa! :D

Mas o problema é que ela não vinha com nenhuma informação!
Então, fiquei louca dizendo que o jovem da carta estava zoando da minha cara com toda certeza do mundo. Mas, a noite, quando encontrei a Bru e ela finalmente teve a oportunidade de ver a dobradura - ela sabia do acontecido apenas via telefone, msn e torpedo; tudo ao mesmo tempo e em grande quantidade - é que desvendamos o mistério.

A dobradura era pra ser desfeita ¬¬'

Ahhh, qual é?! Eu nunca ia desfazer uma coisinha tããããão linda! Mas, então, a Bru disse que podíamos remontar! Claro, ELA podia remontar. Eu jamais teria destreza para tal atividade.

No final das contas, eu tinha um encontro! ^^
No sábado.
Mas vou pra casa dos meus pais e isso é algo inegociável porque eles já disseram que estou abandonando a família (e papai não aguenta mamãe com mantras relaxantes!).

Então, o que vou fazer????!
Enfim, sem preocupações, afinal, eu tenho a Bru com idéias mirabolantes!

BiA*

domingo, 18 de maio de 2008

Um príncipe para Bia

Nem bem virei a chave na porta de casa e Bia já veio me abraçando com um envelope na mão. Das mil palavras por minuto que eu ouvi, entendi que ela havia recebido uma carta anônima. E estava me esperando para abri-la. Sentamos no sofá com o envelope nas mãos.

O endereço estava digitado. Nenhuma pista de quem poderia ser. Nenhuma caligrafia para tentar reconhecer. Antes que eu pudesse rasgar uma borda do envelope...

- Não! – Bia gritou assustada.
- Você não quer que eu abra? – confusa.
- E se for uma bomba?
- Já teria explodido pelo tempo que está aqui!
- Mas e se for daquelas que você tem que abrir para detonar?
- Bia, nunca ouvi falar de nenhuma bomba que fosse da espessura de uma folha de papel!
- Tô com medo, Bru!
- Medo?
- É!
- Hei, eu tô aqui, não vai acontecer nada, tá? Está tudo bem! – pisquei pra ela.
- Tá bom. Então abre a carta.

O papel do envelope cedeu num rasgo. Ali dentro, uma folha simples de caderno. Quem quer que tenha escrito tivera pelo menos o cuidado de tirar aquela parte que denuncia a folha arrancada.
Bia me olhava curiosa.

- Quer que eu leia?
- Pode ser. Eu ia te mostra de qualquer jeito mesmo.

A letra não era feia nem bonita. Legível. Contínua. Terminamos de ler juntas.
- É uma carta de amor!
- Mas quem é a criatura de me escreve uma CARTA de AMOR e não tem a dignidade de ASSINAR O NOME?!
- Posso consultar minha bola de cristal? Você não faz idéia de quem seja?
- Deixa eu pensar nas nossas últimas festas... Hum... Não!
- Olha... Nem precisei lançar a campanha “Um príncipe para Bia” e ele já se manifestou.
- Isso não é brincadeira Bru! Alguém que a gente não sabe quem é tem o nosso endereço!
- E está apaixonado por você.
- E o que eu faço?
- O que acha de seguir as indicações da carta?
- Então espero a rosa?
- Hum rum. Mas essa é só a minha opinião.
- Você vai comigo?
- Precisa perguntar?
*Abraço*

________________________________________
Uma última coisa: o vizinho estranho que chama e Bia de Gabriele é forte candidato a ser o Joxer...
Como assim quem é Joxer?
Você nunca assistiu Xena, a Princesa Guerreira?
Hum...
Tudo bem, eu explico tudo no meu próximo texto!

BrU*

sábado, 17 de maio de 2008

Uma Carta


O interfone tocou e me levantei, com preguiça, do sofá.

-Gabriela?!
-Oi.
-Tem uma carta aqui na portaria pra você. O carteiro está esperando você assinar.
-Assina aí, Cléssio.
-Não posso. Tem que ser o destinatário. Não esquece de descer com um documento.

Oras, uma carta que precisa ser assinada pelo destinatário? Desci intrigada.
Um carteiro alto, moreno e de meia idade me aguardava. Ele me olhou com um par de olhos amendoados e sorriu com simpatia.
-Preciso que a senhorita assine.

Peguei a carta e a observei. Parecia uma carta pessoal, não tinha nome de empresa nem propaganda, e também não tinha remetente.

-Vocês entregam carta sem remetente? - questionei, curiosa.
-Na verdade, não. A política do correio é que o envelope deve ter todas as informações para ser entregue - ele repondeu, e com tom de desculpas prosseguiu - Mas eu não gosto disso. Se chegou uma carta em seu nome, é por que alguém precisa falar com você.

Na hora eu pensei "qual é meu filho, existe telefone e e-mail", mas não me atrevi a dizer nada. Peguei o formulário e comecei a assinar.

-Carta é algo especialmente importante. Sabe que um dia ficou lá no correio uma caixa de cartas sem estragar? Colocaram no almoxarifado e só foram ver 15 anos depois - ele contou, revoltado.
-Deus, isso é sério! O que o Correio falou para se justificar?
-Foi um problema. Mas meu chefe falou que ninguém precisava se preocupar - e susurrando, ele finalizou - Não havia nenhuma carta de amor.

Entreguei o formulário assinado e segui para o apartamento, arrepiada.
É claro que eu ia esperar a Bru para abrir. Podia ser uma bomba...


BiA*

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Fim de greve, fim de festa.

O problema com a mamãe foi resolvido, apesar do tempo que gastamos para convencê-la de que não havia droga na parada. Quer dizer, pelo menos por enquanto.
Calma, calma! To brincando... ;D

E a mamãe está super animada para viajar. Ela disse que precisa de algo realmente animador para esquecer o lance de política do papai. E acho que nesse caso só Yoga não resolve.

Acho que vou chamar a Bru pra dar uma voltinha no shopping e ver umas roupas para o nosso grande tour. É claro que nós ainda não decidimos nada, mas umas roupinhas não fariam mal, certo??!

Ahhhhh não, a greve acabou! Adeus compras amanhã. Ufes me aguarda.
O jeito é um chocolatinho quente - de preferencia o da Bru - e um blog de literatura para relaxar. Adoro!!


____________________________________________
Uma última coisa:
Deeeeeeeeeus, eu já contei como nosso vizinho é estranho?!
Hoje ele me chamou de "Gabriele" pela milésima vez.
E ele também toca flauta doce. Bléééé!
Mais uma: o esquisito pediu uma xícara de açucar e depois a devolveu com um pedaço do bolo que tinha feito. Eu não vou comer nunca, mas de qualquer forma, deixei pra Bru, caso ela queira - o que eu duvido muito também.


Enfim, acaba a greve e volta a rotina. Mas, qual é, gente?! Já é quinta feira!!! ;D


BiA*

Ilhadas em casa

Depois de um dia INTEIRO arrumando quarto - quase brincando de onde está Wally - e escutando músicas variadíssimas - desde de Vanessa da Mata ft. Ben Harper a Yves Larock - finalmente nos jogamos no sofá da sala, exaustas!!! Lá pelas tantas, resolvo abrir um portal de notícias e lá está o aviso da greve dos ônibus.

Falei com a Bia e nosso primeiro pensamento foi: vai ter aula amanhã? A resposta estava nos e-mails da lista do curso. O chefe de Departamento comunicou que, como o direito de ir e vir dos cidadãos - no caso, professores e alunos - estaria prejudicado, quem faltasse teria as faltas abonadas. E é claro que nós ligamos pra quem não estava no msn para sondar a probabilidade de aula na segunda-feira. NULA! Afinal, todo mundo quer uns dias de férias assim, bem no meio do semestre! Sem ônibus, no trabalho também! Quase um sonho de semana! Tudo lindo não fosse a tia Cecília - mãe da Bia - chegando de manhã em nossa casa. A nossa onda zen resistiria à presença dela? Não sabíamos!

Em plena segunda-feira SEM AULA, fomos acordadas às 8 da madrugada por toques frenéticos na campainha. QUE ABSURDOOOOOOOOOOOOO!!! Era tia Ciça! Mal entrou e fez 550 perguntas para as quais sequer tivemos tempo de pensar em respostas! Ela queria saber com que tipo de drogas estávamos envolvidas e não foi fácil convencê-la de que nossa resposta era nenhuma!
Aff!

Tudo isso porque resolvemos, como diria a Ministra do Turismo, Marta Suplicy, relaxar e gozar. Mas foi só preparar um chá de camomila quentinho, acender uns incensos e tocar aquela musiquinha relax e fazer uns exercícios de respiração que tia Ciça já tava querendo carteirinha para o nosso clube!

E como foram lindos os dias de chuva fina, chocolate quente e bolo de maçã! Aproveitei o clima para escrever alguns textos. Entre uma xícara e outra de chocolate quente, aproveitamos a situação pra falar do nosso plano de fazer um mochilão pela América Latina. Tia Ciça até gostou muito da idéia. Mais do que gostaríamos. Depois que mostramos a ela o blog da Rafa, então... Ela se convidou para nossa aventura. Pode???

Tia Ciça acabou de voltar para casa. E nós duas estamos deprimidas porque a greve acabou. Isso significa Ufes de novo, trabalho de novo, tudo de novo. Se bem que esse 'tudo de novo' não é necessariamente chato. Aliás, para Bia e eu, jamais será! Ha!

BrU*

domingo, 11 de maio de 2008

Enquanto a mãe da Bia não vem...

De todas as mil maneiras que ela pode ser, todas me agradam!



ps.: inveja da Madonna...

*BrU
que ainda morrerá de overdose de Ana

Zen para todo sempre, do sempre, amém.

Meu celular tocou o novo rit da Madonna. Era a mamãe.

- Ei, mãe.
- Ei, filhinha. Você não vem pra casa, não?!
- Ahh, mãe, não vou, não. Eu já fui fim de semana passado.
- Ah minha filha, você tinha que está aqui. Eu já estou estressada com seu pai e essa política!
- Ahhh, mamãe, ouça Reiki e pense em borboletinhas em tons pastéis.
- Hãããããã?! Você está se envolvendo com drogas? Eu sabia que essa faculdade ia te levar pro mau caminho!
- Não é nada disso, mamãe. É que agora decidi levar uma vida Zen.

Ficamos em um silêncio confuso, até ela pedir:
- Quero falar com a Bru.

Dei um suspirinho e fiz o que ela havia me pedido.
- Ei, tia - Bru falou, piscando um olho pra mim.
- Eu, querida. Está tudo bem?! Bia veio com uma história de borboletas em tons pastéis e...
- Calma, tia. Você precisa desacelerar um pouco. Deite com a palma da mão virada para cima e sinta seu pulmão repleto de de um ar...
- Eu estou indo pro apartamento de vocês.

Bru desligou meu celular e me olhou confusa.
- Ela disse que está vindo pra cá.
- Ahhhhhhhhhhhh! Droga! - exclamei.
- Que foi?! Ela vai dá um piti pelo nosso novo estilo de vida? - ela perguntou, preocupada.
- Não. Mas, vou ter que arrumar meu quarto...

BiA*

sábado, 10 de maio de 2008

Ounnnnnnnnnnnnnnnnnn

Eu já estava quase dando um soco no professor que mandou fazer a %&¨*¨%$% do trabalho. Alguns palavrões já pairavam sobre minha cabeça. A Bia assistia a tudo isso sentada, impassível, no sofá da sala. Quando eu parei de falar, ela olhou pra mim e disse “yoga”.

O.o

Hein? Como assim, yoga? De onde ela tirou isso? Fiquei me perguntando se a marijuana inalada na festa do feriado de quinta-feira ainda estava fazendo efeito... A Bia está precisando – URGENTE - de um príncipe encantado... MESMO! Vou abrir inscrição aos candidatos!

Com a expressão mais serena do mundo, ficou lá, sentada, rodeada de incenso, musiquinha oriental e recitando mantras que eu não sei bem o que significam – e aposto que ela também não! Mas... Como iria me doer nada experimentar algo diferente... Lá fui eu pro meu pczinho pesquisar sobre o tema. E não é que tem site ensinando tudo que você precisar saber sobre e mais, o tal site que ela falou ensina mesmo a “yogar” - adorei o neologismo!

Entrei totalmente no clima! Sentei em cima da almofada, posição de lótus, musiquinha, incenso e lá vai a Bru viajar por outros universos...

Hã? O trabalho da Ufes? Assim que a Bru voltar ela faz!

Quer viajar também?
Pegue sua passagem aqui:
Ioga
Navrattna Yoga
Portal de Yoga
Sugestão de música: Beauty song

terça-feira, 6 de maio de 2008

Relaxar, relaxar e 'yogar'

A Bru voltou com mil novidades sobre a Tasha. Eu perdoei totalmente o fato dela não ter me dado uma só noticiazinha. Não dava pra dizer nada com aqueles olhinhos brilhando daquele modo! ^^

Eu estou tendo uma semana realmente cansativa e estressante - é só terça-feira! - e andei pensando no que eu vou fazer... Alguém sabe qual atitude tomar diante de um pai enlouquecendo com política e uma faculdade que não dá paz?!

Ok, eu sei que tem problemas muito mais sérios que os meus. Quer dizer, tem um montão de criancinhas morrendo de fome na África (alôôôôôu, a Angelina Jolie não pode adotar todo mundo!), muita gente descobrindo nesse exato momento que está com aids e muitos assassinos espalhados pelo mundo (inclusive o meu vizinho suspeito, mas ahhh, isso não é assunto pra agora). Eu sei que meus problema parecem muito pequenos, mas, qual é, eu não sei lidar com essas coisas.

Então, tive uma idéia brilhante! (por que o blog não tem cor rosa com glitter??!) Vou chamar a Bru pra fazer yoga!
Encontrei até aula gratuita na web! Deus, essa é a solução dos meus problemas!
Que tal??!

Ahhhhhhhhhhh, eu estão tãããããããããão empolgada!!!

BiA*

domingo, 4 de maio de 2008

E tenho ainda muita coisa pra viver!

Capítulo 1 – A festa!

O que foi aquilo? Como explicar uma festa super underground e duas gurias querendo se livrar do estresse? Hum... Alguém aí já assistiu Madagascar? Não precisa ter assistido ao filme inteiro, bastava ter visto quando uns bichinhos – não sei se lêmures ou lemingues ou os dois – fazem uma festa. “I like to move it move it!” A festa a que fomos era de reggae. Ok. Tinha Bob Marley? Sim! Mas no final, já tava todo mundo dançando que nem os bichinhos. E viva a marijuana! Não sabe do que eu to falando? Vide o vídeo abaixo deste post!

Bem, o fato é que Bia e eu chegamos em casa quase quatro da manhã. Detalhe: eu tinha que acordar 4:30 pra ir encontrar a Tasha no aeroporto. Ou seja, não dormi! Tomei banho – e passei pente fino no cabelo. E eu não quero comentar sobre o garoto de dread.


Capítulo 2 – A saga!

Quando saí de casa ainda estava escuro. Eu tremia, mas não era de frio. A ficha não tinha caído. Ainda. Nunca demorou tanto a passar um ônibus. Nunca demorou tanto a chegar ao aeroporto. E eu nunca tremi tanto pra dar um passo. Fazia um frio tipicamente paulista e a lua sorria no céu. Ia ficar tudo bem.

Os passos ficaram firmes até chegar ao saguão do aeroporto. E lá estava uma menina com duas blusas de frio, cachecol e olhos azuis. Sorrisos. Não, não teve aquela corridinha em câmera lenta de cinema! Mas teve abraço. Desses que desafiam a matemática, porque fazem um mais um ser igual a um!

Sim, mais uma vez eu sumi no final de semana. Fui para Colatina. Na sexta, teve pizza e sono. Muito sono. Desses que me levam pro reino de Morpheu antes das 22! No sábado, teve super café da manhã com sucrilhos; calor; passeios pela Princesa do Norte; compras; almoço tudo de bom; DVD da Ana Carolina – perfeito *-* –; cinema e saída noturna – em família! Depois? Vocês acham que alguém agüentaria muita coisa mais depois? Bem, depois teve historinha linda de dormir, musiquinha e sono.

O domingo chegou preguiçoso e mais quente ainda. Enfim, Colatina! Teve churrasco e baralho. Ah e em nenhum dos dias faltaram risos e conversas. Detalhes?
I’m so sorry but, não vou contar!

Só um esclarecimento básico, a tal pergunta que não quer calar!
1- Não, não peguei, nem pretendia. Quem não quiser acreditar que amizades sinceras existem, não estou nem aí!
2- Sim, ela é tão legal quanto on-line!
3- Sim, teve choro de despedida!
4- Sim, esse fim de semana vai ficar pra sempre!

Agora, eu preciso dar conta dos trabalhos da Ufes.

BrU*

I like to move it, move it!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Cadê a Bru?! - Parte 2

Então, a Bru foi buscar a Tasha e depois ela ia direto pra casa dos pais.
Até aí tudo bem...
O problema é que desde então ela não me deu um sinal de vida! É, eu ainda não me acostumei com esse abandono! Deus, eu aqui querendo saber todos os detalhes e ela não me atendeeeeeeeeeeee!

E ainda papai me ligou como se nada tivesse acontecido e me mandou ir pra fazenda. Ele nem lembra que eu ainda estou magoada com a história dele não ter me deixado ir pro Rio. Enfim, só me resta arrumar minhas malinhas. Bom, a Bru não tá aqui, então não tem muita graça. =/

Eu bem que queria uma baladinha pra dar uma distraída...mas as meninas estão praticamente todas viajando e está muito frio. Acho que vou pegar um filminho e assistir com pipoca.

Ahhh, eu quase esqueci de contar como foi a festa alternativa! Muita bebida e Bob!
Sem contar um carinha de dread que nós conhecemos. Mas tenho que dizer uma coisa: Meu cabelo tá coçando muuuuuuuuuito! Eu disse pra Bru que aquele cabelo tinha piolho com toda certeza do mundo!
Nada que um pente fino não resolva! Ai que nojo!

BiA*

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Yes, baby, yes!

Encontrei a Bia sentada no sofá de casa quando cheguei do estágio, segunda à noite. Ela não me parecia bem. Larguei minhas coisas no chão e fui abraçá-la. E aí a torneirinha de palavras se abriu. Tudo porque um garoto não tinha ligado.

Acalmei-a dizendo o quanto ela é maravilhosa e que o carinha era absolutamente nada. Não ligou? O problema é todo dele! Fui tomar um banho e depois dei uma ida rápida à cozinha. Um brigadeiro de panela era tudo que ela precisava para se recuperar.

A terça e a quarta-feira foram meio esquizofrênicas. Marcamos de fazer muitas coisas ao mesmo tempo com o pretexto de que descansaríamos no feriado. Abençoado feriado! Ah, a Ufes também colaborou bastante com a nossa esquizofrenia. Até rolou um momento sentar e chorar pra ver o que a gente faz depois. Mas passou.

Ah! NOVIDADE! Ela vem!!! Contei isso pra Bia quarta-feira entre um e outro gole de vinho com as amigas na Lama – comemorando o feriado!
Ela = a garota de São Paulo.

- Como assim ela vem? Vem quando?
- Vem sexta-feira. Vou buscá-la no aeroporto bem cedo.
- Você vai acordar BEM CEDO sexta-feira?
- Hum rum. Preciso ir buscá-la no aeroporto!
*Bia com cara de bolinha*
- Tá...
- Pergunta!
- Melhor deixar pra lá...
- Pergunta de uma vez, Bia. Sem problema!
- Ela e você... Sabe?! Algo além de amizade?
*Risos*
- Não!
- Então me explica que eu tinha certeza que sim!
- É amizade, Bia. De verdade. Eu amo essa pequena. Talvez como se fosse minha filha. Eu quero protegê-la, cuidar dela, dividir coisas. É isso.
- Não me convenceu muito não, mas aceito.
* ¬¬’ *

Melhor deixar pra lá. Não vale a pena discutir tendo vinho como pano de fundo. A Bia estava chateada porque o pai dela não deixou que ela fosse pro Rio no feriado. Acompanhei a discussão por telefone e até ajudei na argumentação. Mas ele parecia mais estressado que a gente. E ela desistiu.

Mesmo tendo ido dormir mais tarde, acordei primeiro que ela hoje.
- Feliz feriado! – e pulei em cima da cama dela para fazer bagunça.
- Bruuuuuuuuu, o que nós vamos fazer hoje?
- Festa!
- Festa?!
*Olhos brilhando*
- Hum rum.
- Reggae, bebida, pessoas animadas e risos.
- E maconha! Nós já somos consumidoras passivas desse negócio.
- É, mas só passivas MESMO!
- Me deixa dormir mais um pouquinho?
- Claro. Eu tenho algumas coisinhas pra preparar para a chegada dela.
- Boa sorte pra você – e voltou para o travesseiro.

Preciso fazer algumas coisas e comprar outras. Será que o supermercado está aberto?
Let’s see!

BrU*

=D



Meu pai é muito injusto! Por que ele não entende que meu emocional está abalado e eu preciso passar o feriado no Rio para tentar me reestruturar? Ele simplesmente falou que não dá porque ele está muito envolvido com a política e não tem tempo de agüentar os meus "pitis". Ele não falou exatamente assim...Mas no final das contas foi isso.

O menino também não ligou. Mas eu não estou mais nem aí porque a Bru me lembrou que ele não era tão bonito assim e respirava pela boca, emitindo um barulhinho asmático. O meu fim vai ser ficar em casa no feriado. Mas uma coisa me anima: a Bru disse que nós temos uma festa alternativa hoje. É claro que isso significa que meu cabelo vai voltar com cheiro de maconha, mas ahh, meu shampoo é bom e resolve!

BiA*

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Feliz Segunda-feira!


Hatuna Matata! É lindo dizer! Hatuna Matata! Sim vai entender! Os seus problemas, você deve esquecer. Isso é viver, e aprender...

Eu odeio esse despertador! Mais alguém concorda que deveria ser proibido acordar cedo, pelo menos na segunda-feira?

E hoje a Bia nem tava aqui pra tomar café da manhã comigo. Ou melhor, me obrigar a tomar café da manhã. Onde ela está? Acredito que chegando por aí. Moramos juntas há quase dois anos e ainda não me acostumei aos finais de semana que ela passa com os pais dela. Sempre, de 15 em 15 dias, impreterivelmente, lá se vai a Bia pra fazenda do pai. Sem ela aqui, aproveito pra fazer algumas coisinhas... Fico desligada do mundo. Ah, como eu sinto falta dessa guria!

Conheci a Bia no primeiro dia de Ufes. Assim que cheguei, reparei na garota de vestido rosa encostada na parede, observando todo mundo. Gostei dela no mesmo instante. Era o meu terceiro dia em Vitória, morando sozinha. Os meus pais moram em Colatina. E não é porque eu passei na Ufes que ia se mudar todo mundo comigo. E eu não tenho finais de semana marcados pra ir pra casa. Vou quando quero!

Fui conversar com a garota de vestido rosa e descobri que ela tinha o mesmo histórico que eu. Dois dias depois estávamos morando juntas. A Bia é o melhor presente que eu ganhei depois que entrei na universidade. Estou preocupada dela não ter aparecido pra aula.

Isso significa que eu só vou vê-la quando eu chegar em casa à noite, depois do trampo. Pára! Eu disse trampo? Deuses! Acho que ando conversando demais com a guria de São Paulo. Daqui a pouco eu saio por aí falando mano, treta, tá ligado, tá ligado?
O.O

Melhor eu começar a prestar atenção na aula...

BrU*

Cadê a Bru?! o.O


Ai, mas eu fico tão p* quando a Bru não atende o celular! E isso acontece todo o fim de semana que eu vou pra casa dos meus pais. Não sei como eu ainda não me acostumei...Eu costumo ir pra lá a cada 15 dias, sabe, fazer aquele social básico.

Meus pais moram no interior do estado. Papai tem fazenda, um monte de terra e agora deu pra se envolver com política ainda. Mas, quando eu passei na Ufes tive que morar mais perto. Por uns tempos eu até morei sozinha, mas mamãe tinha vertigens lá em casa dizendo “Meu Deus! Como ela vai ficar sozinha, Otávio?!”. Como papai morre de medo dela infartar, tratei de arrumar alguém que queria dividir um ap. Foi assim que conheci a Bru. Cééééééus! Ela é demais! Parceria pra tudo! Quer dizer, exceto nos fins de semanas, quando não me atende e nem entra na net. E tem horas que eu simplesmente preciso falar com ela.

Por exemplo, nós saímos na sexta passada e eu conheci um carinha super legal. Super legal meeeesmo. Ele pegou meu telefone e simplesmente não me ligou!!! Eu nem lembro a última vez que um cara fez isso. Ok, ok...eu até lembro, mas... ahh, eu nem estava afim dele, então, não conta. Eu fiquei super nervosa com o fato do carinha não me ligar e precisava falar com a Bru, desabafar, sabe? Mas o celular caiu na caixa postal milhares de vezes. Voltei hoje da casa dos meus pais, mas não fui pra aula. Todas as meninas iriam me perguntar se ele ligou, e o que eu poderia dizer??? Não dá, primeiro eu preciso saber o que a Bru acha.

Ahh, também tem outra coisa. Você acredita que quando eu cheguei ao nosso ap. estava tudo simplesmente brilhando?? Ah gente, eu não tenho muito coeficiente pra essas coisas de lavar, passar e afins. È por isso que direto a mamãe manda a Maria - que trabalha na nossa casa do interior - pra dar uma geral. Só que eu cheguei e tudo estava muito limpo e arrumado. Até as minhas meias estavam arrumadas na gaveta e separadas por cor! Por cor!!! Eu acho que eu nunca fiz isso na minha vida.
Se foi a Bru que fez isso, ela não está legal. Precisamos mesmo conversar.

BiA*